terça-feira, 28 de setembro de 2010

MEDO

MEDO

Vivo a solidão do mundo
Uma corrente que nasce e morre em mim
Sempre a lembrança do fim...

Olho para os ponteiros em minha mente
A dor pungente do olhar que outrora
Despia-me de gozo...

Agora apenas o medo da imagem
Desprovida de encantos que se reflete
No espelho...

Recordo a traição, recordo a confirmação
É difícil acreditar que ainda há desejo
Apenas medos...

Fico ali...

Parada...

Refletindo sobre o tempo.

Gheysa Moura

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

SE PUDESSES SABER!!





Inesgotável solidão.
Que nenhum amor preenche.
As horas não cansam os olhos
O tempo que escorrega pelas mãos,
Se pudesses saber!
Ou defini-lo,
Continuas só!
Sem sonho algum
Experiente da miséria
Chorando pelo caminho o abandono.
Sem o carinho que aquece
Sem  a ternura que consola
Uma solidão sêca
De terra entristecida
Apenas o silêncio
A evidenciar à amargura.
A solidão não faz morada onde quer
Mas onde encontra  guarida.
Habita na alma emudecida
Fazendo o corpo morrer todo dia
Desdenha do destino como bem quer.
Mas não impede a mão que escreve
O pensamento, que pensa em você!
Janildes.

sábado, 24 de julho de 2010

NOSSO FILHO


NOSSO FILHO

Meu pensamento vagueia
Não sei onde encontro a realidade
Você me toma em seus braços
A cada amanhecer, me faz louca
Deixando com febre
Agora dou a luz ao filho
Que tu fizeste em mim...
Mas que filho?
Silêncio!
Escute o frio trazido pelas horas
Ilusórias dos fios e placas que
Escondem o anoitecer
Diante do flautista, escuto o som
Do mar insalubre que molha meus pés.
Nosso filho... foi apenas um sonho.

--
Gheysa Daniele

quinta-feira, 24 de junho de 2010

AMOR SEM FRONTEIRA

Espero por teu amor com a esperança de ver a
Chuva durante a seca rigorosa que castiga
Pobres inocentes que cortam cana para
Ter o que comer...

Ainda assim, no seu olhar vejo o desabrochar
Das flores do jardim, regado por tuas lágrimas
Enfeitando o alvorecer primaveril, embora seu
Pensamento esteja longe das terras do sul...

Mergulho no teu aroma, como quem se
Entrega as águas do Araguaia para
Tornar-se um na imensidão do tempo...

Como nos poemas de Paquetá
É ao lado teu que desejo estar
Quando no cerrado minha vida se encerrar...

Ah! Amor meu, na Amazônia não existe
Fronteiras além dos limites da natureza
Que transforma o cantar dos pássaros
Na melodia da paixão...

--
Gheysa Daniele

sexta-feira, 7 de maio de 2010

CANTO DA ALMA!

                                                                                      
Minha vida é uma solidão dilacerante..
Minhas risadas são vistas de relance.
Seu eco enterado em algum lugar do passado.
Caminho depressa pra se distanciar.
Do encontro que não aconteceu
Como se isso fosse possivel!
Com o coração destroçado.
Aos trapos já não sou promessa.
Meu rosto já não tem raios de sol.
Nubla como uma manhã chuvosa.
Me move o tempo mais frio.
De um pranto contido em mim.
Vou vivendo em desvario.
Caminhando com desespero
Para o começo do meu fim!!

domingo, 18 de abril de 2010

CORPO

                                                                                  
A luz transpassa meu corpo
Fazendo-me nada no universo
Dos lábios que nunca conheci
Não importa a poeira em meus
Olhos a solidão sempre me faz
Jovem diante da dor.
O traço do infinito que destroi
As grades do tempo...

Gheysa Moura

sábado, 17 de abril de 2010

NA CASA DO POETA!

                                                  
Nas prateleiras obras completas dos imortais..
O murmurejar da vida, no teto de saudade.
Janela de estrelas  lua de cristal.
Cântaros de lagrimas e ânforas de ternuras.
Telas de primaveras eternais.
Fontes dos desejos amores-perfeitos
A chuva de prata e o azul celestial.
Nas paredes fragmentos esparsos
De amores desfeitos..
Na casa do poeta é assim.
Tudo se compartilha
Sentimentos e pensamentos
E nas mãos do poeta cinzelando
A ilusão das palavras sem fim.
Nesse vale de nostalgia,
A mais pura poesia
A mais doce sinfonia,
O verso do ramo chorado e seco..
O orvalho da madrugada.
O botão desabrochado
Em forma d e coração.
Nos seios da amada..
De nuvens vaporosas..
Os rouxinóis golgeiam melodias,
Na casa do poeta é assim
Mais um soneto de amor ou de dor..
De mim para você, de você para mim..

DOCES MOMENTOS!!

                                                                                                                    
Tão doces foram nossos momentos.
Minha emoção foi poema e ternura.
Aquela tarde ficou perdida na distância.
A solidão me desafia.
Amei sem saber que estava tye amando..
No céu tranquilo do meu sentimento..
A teus pés minha alma caiu ferida.
Tudo passou.. a dor..a alegria e os ais...
No caminho das sombras..
Minha vida transcendente em busca de luz..
Pensei que nossos momentos não chegassem ao fim..
Seriam flores encantadas..Que se  sentissem emantadas.
Perfumando você dentro de mim..

sábado, 20 de março de 2010

CARTA


CARTA

Nas cartas esquecidas no alpendre
Restam as lembranças daquele Janeiro
Em que meus olhos encontraram o fim
Nunca pensei na possibilidade do
Abstrato ser real até chegar o frio
Do entardecer em que os cravos do
Adeus penetram minha pele.

O vento do tempo desalinhou a luz
Que outrora contemplava no horizonte
Águas passaram debaixo da ponte
Mas não levaram o sentimento
Latente, plantado em solo fértil
Mas sem cultivo.

Observe o crepúsculo do inconsciente
Remetendo-me para este labirinto
Sem saída criado do som concreto
Do adeus dos teus lábios.

Não, não...
Por favor não diga nada
Meus ouvidos precisam viver esse
Momento em que o acalento do tempo
Traz a lua novamente pra mim.

Não precisa seguir sozinho
Pois minha alma nunca deixou
De caminhar ao lado teu...
--
Gheysa Daniele

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

SENTIMENTO



                                                            

SENTIMENTO

Olhando o fino quadro do sentimento
Das pessoas que seguem seus
Trajetos em frente ao portão...
No olhar de alguns a desilusão
Em outros a esperança
Na maioria a paixão...
Mas, o vento não consegue chamar
Atenção para o que está a frente
Dessas pessoas...
Agora, diante do computador
Quero ler mas, me falta paciência
Quero escrever mas, esqueci como
Juntar o sujeito e o predicado.
Talvez esteja afogada na inércia
Do sentimento comum da sociedade
Embora não saiba que sentimento
É esse que transforma tudo em nada.
--
Gheysa Daniele

sábado, 16 de janeiro de 2010

TENHO SUA VOZ

TENHO SUA VOZ

Mas tenho sua voz dentro de mim
Acompanhando meus passos
Pelos trilhos do trem que segue
Sem destino.

Nos seus olhos contemplo
Os mistérios do mar
A origem do sentimento
Transcendental que une
O nosso universo.

Sob a sombra do moinho
Abrigo-me do tempo
Que o levou para outro mar.

O calor de nossos corpos
Derrete o norte, mas o vento
Do sul, anuncia as lágrimas
De meu jardim.

(Gheysa Moura)

sábado, 9 de janeiro de 2010

SE O ORVALHO DESAPARECE




SE O ORVALHO DESAPARECE

o que posso dizer, a você
se o orvalho desaparece
com o nascer do sol.

em meus sonhos a noite perfeita
iluminada, transparente
que se reflete na janela da alma.

a chuva é apenas o detalhe
que aquece minha noite
cheia de ilusões.

nestas noites...
só há alegrias...
e você sempre está aqui.