domingo, 5 de agosto de 2012

EU! de saudades..
Camuflado no colorido das folhas.
Perdido numa saudade
Mais fria e lívida que a lua.
Mais profunda que a noite.
Que faz a alma docemente doente..

EU! com saudades..
A vida tornou-se um eco
As tardes se arrastam silenciosas.
Despira-o inverno rude e impiedoso
E a ventania em fúnebre lamento.

Sinto o último raio de sol,
O último instante foi de saudade,
De mim.. de ti..
A densa saudade em algum lugar
Em mim é fonte, líquido
Que ficará eternamente
Por detrás da lágrima invisível..

Surge no longínquo horizonte
As primeiras pinceladas  rubras do sol poente.
Que definem a imagens de altas motanhas..
E serenos morros
Onde o vento conduz minha história.
Distantes e inquietas as ondas do mar
Beija a areia semi-adormecida,
Apagando.. pegadas..
Que já não são as minhas..
Janildes..


1 comentários:

  1. Sentimentos cabem em palavras, Jane, mesmo quando ditas com singeleza para contar uma história que o vento conduz... Bonito blog.
    Abraço.

Assim...



Lágrimas não reatam o tempo,
Nem olhos deixam de chorar ausências.
Quando o lembrar de um beijo, ocupa o silêncio.
E na boca o sabor de longa espera...
E a música encerrada nos ouvidos
Descansa na memória.
Basta aguçar os sentidos
Para que minha alma busca a tua
Perdida, entre a realidade e quimeras
Encontro teus olhos.
Supero o impossível,
Adormeço no arco dos teus braços.
Aguardando tua volta em poemas...

E quando não vem a chuva
Que brota dos olhos meus
Banha a cidade.
Queria continuar a escrever
Mas diante de tão imensurável dor
Esqueço as palavras e já não posso
Ser poesia.

Onde estou que não me encontro
Caminhos que já não sinto
Eco de vozes distante
Onde deixei meu olhar?
Entre esperanças antigas
Onde larguei esse amor
Sonho perdido em sombras
Além
do céu, e das ondas.
Serei outra amanhã??

Serei hoje ou ontem
Onde o vento perde-se no tempo
E já não posso sentir dor
Agora sou a onda que morre
Em espuma na praia do alvorecer
Para ser o céu em teu olhar
Onde encontro os meus sonhos
Ao anoitecer.

Sofro em meus sentidos fustigados
Adormeço em meus gestos confusos
Livre!? Seria o vento,
A água da montanha,
O lobo da floresta.
Sou prisioneira de mim mesma
Com essa finita sede  do infinito

Que consome meus sentidos
Me fazendo livre em teu abraço
E do alto desta montanha
Lanço-me para a eternidade
Das rimas e da melodia
Sou o som e o silêncio
O acalanto que te faz adormecer
Em meu seio te faço crescer
Sou o sim e o não
Que te devora feito o dragão.

Venho de longe dos fundos dos mistérios
Aonde o vento conduz a minha história,
De um sono, onde meus sonhos são cristais
Pois as vidas que perdi ninguém devolve
Subi a vida contra as correntezas...
Essas águas escuras que cegaram meus sentidos.
ALGUÉM, simplesmente ALGUÉM...
Há, de esperar por mim inutilmente...


(Janildes & Gheysa)