segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

                     

Olhos não deixam de chorar ausências
Nem as lágrimas reatam o tempo                                                                               
Quando o lembrar de um beijo, ocupa o silêncio.                                                                    
E na boca o sabor da longa espera                                                  
E a música encerrada nos ouvidos
Descansa na memória.
Mais basta aguçar os sentidos
Para que minha alma busca a tua
Perdida entre a realidade e quimeras.
Encontro teus olhos
Supero o impossível
Adormeço no arco dos teus braços
Aguardo tua volta em poemas..

E quando não vem a chuva
Que brota dos meus olhos,
Banha a cidade
Quero continuar a escrever
Mas diante de tão imensurável do
Esqueço as palavras e já não posso
Ser poesia.

                                          
Onde estou que não me encontro
Caminhos que já não sinto
Eco de vozes distante
Onde deixei meu olhar??
Entre esperanças antigas..
Onde larguei esse amor
Sonhos perdidos em sombras
Além do céu, e dasondas.
Serei outra amanhã?

Serei hoje ou ontem.
Onde o vento perde-se no tempo
E já não posso sentir dor
Agora sou a onda que morre
Em espuma na praia do alvorecer
Para ser o céu em teu olhar
Onde encontro meus sonhos
Ao anoitecer..

Sofro em meus sentidos fustigados
Adormeço em meus gestos confusos
Livre? Seri ao vento,
O lobo da floresta.
Sou prisioneira de mim mesma
Com essa finita sede  do infinito..

Que consme meus sentidos
Me fazendo livre en teu abraço
E do alto desta montanha
Lanço-me para eternidade
Das rimas e da melodia
Sou o som eo silêncio.
O acalanto que te fez adormecer,
Em meu seio te faço crescer.
Sou o sim e o não.
Que te devora feito dragão..

Venho de longe dos fundos mistérios
Aonde o vento conduz minha história,
De um sono onde meus sonhos são cristais
Pois as vidas que perdi ninguem devolve,
Aguas escuras que cegaram meus sentidos.
Na espera inutil, por alguem
Que jamais virá...
   ( Janildes e Gheysa)

domingo, 20 de dezembro de 2009

JANELA



JANELA

Todos os dias observo o amanhecer
A espera dos espelhos d'agua
Que outrora podia ver o luar.

As horas passam...
Um dia, depois do outro...
Quantos segundos...

Minhas lágrimas não podem ser vista
Não haveria explicação para elas
E meu segredo seria revelado

Ainda lembro do sorriso do meu algoz
Falando de sua partida...
Como um carvalho velho
Mantive-me de pé...

Mas meu coração
Não podia sentir naquele momento
"Pobre menina triste, qual a razão
de tantas lágrimas solitárias?"

Na verdade esperava
Sentir você, por um segundo
Ouvir tua voz...
És uma extensão de mim
que só existe em mim.

Na janela, todos os dias
Vejo você chegar e partir.

--
Gheysa Moura

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

SOU DOS ANOS 80

                                                                                                       
SOU DOS ANOS 80

Olhando as imagens que agora são passado
Levitei a minha infância onde criança
Brincava de ciranda e ia para escola.

E quem poderia imaginar que o tempo
Um dia iria mudar o destino das horas
Agora criança só brinca com pistola
Mata e rouba para ser herói do vazio.

Agora vives nas esquinas e nas calçadas
Perdendo-se em outras madrugadas
A infância para o absurdo e para a morte

Sonhos, onde tu fores morar?
Nem sei onde te encontrar...
Mas deves voltar.



(Gheysa Moura)

domingo, 6 de dezembro de 2009

JARDIM


                                                           

JARDIM

Mas que bobagem
O mar me leva para longe de ti
E mesmo assim não posso nadar
Em meus olhos, os sonho
Que de ti roubei...

Mirando a lagoa de outrora
Onde adormeci ouvindo serenatas
Encontrei acalanto para alma
Perdida...

Volto ao jardim onde o a lagoa
Transformou-se em mar
Fazendo piada de minhas lágrimas...

Não molhei meus pés no mar
Não mergulhei na lagoa
Mas me joguei no oceano
Do teu olhar.

(Gheysa Moura)

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

JANELA..

                                                                                                                                                                                                                                                               
Abro a lanela.
E vejo uma estrada
Com seus beirais floridos,
Sem curvas sem subidas nem descidas,
Apenas uma estrada ,
Iluminada por um sol escaldante,
Bem ao fundo , onde a vista quase não alcança,
O azul do horizonte.

É a estrada da minha vida,
posso caminhar por ela
Ou fechar minha janela,
Voltar para minha cela
Onde a morte minha espera!!!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

DESTINO CRUEL..


                                                                                                                                                                 
Pelas curvas do meu corpo
Desliza rude e farpado chicote.
Rasgando o véu que cobre
minha predestinação.
Sortilégio, imperfeita existencia.
Algoz impiedoso ao açoite cruel.
Fosse um corpo frio de concreto.
Imune a dor e ao pecado.
Mais é de luxúria infernal objeto.
Festim de repulsa e encantamento
Vida, mesmo que ferida é vida
Castigo no que pensas ser eterno
Dor fingida ,essa dor só de imaginar
Que amo, quem não posso amar...

domingo, 15 de novembro de 2009

SOLIDÃO..

                                                                                                                    
Não quero estar onde posso,
Não posso estar onde quero.
Sobrevivo na solidão
Conchas feitas no mar
Provo desta escuridão
Mais como odeio te amar!
Sou agua salgada deste mar
Perdida nessa imensidão.
Nos corais do teu olhar.
Uma errante do verão.
Nos mares do teu coração.
Sofrendo por te amar
Me afogando nesta solidão...




quinta-feira, 12 de novembro de 2009

BREVE


BREVE



Seja breve a eternidade
Que nos separa...
Seja eterno o breve segundo
De nosso beijo a beira do mar
Ao entardecer...
Mas se o dia não nascer
Que seja breve
Esse viver sem você.


(Gheysa Daniele)

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

POESIA DO HORIZONTE

                                                                                
POESIA DO HORIZONTE



Explicar o inexplicável é ilusão
Sou apenas um não
Algo que voa sem direção
Com os pés no chão
Acompanhando o ciclo da evaporação
Conduzida pelo olhar daquela criança
Que todos os dias escuta
A música do alvorecer.
Tal qual a chuva que cai
Sobre a face da terra
Entoando sempre os mesmos tons
As mesmas notas
Mas a música é sempre diferente
Jogo-me em queda livre
No leito dos sonhos
Sinto a leveza do temor
De nosso encontro anunciado pelo tempo
Na pausa infinita de um compasso
Dentro da caixa da sufocante caixa de fosforo
Que sempre me traz a paz
É só abrir os olhos para ver
A poesia do horizonte.

Gheysa Moura

O HORIZONTE DA POESIA..


O horizonte é longínquo demais
Meus passos são lentos.
E meu barco naufragou
Num rio de palavras lamentosas.
E o vento levou meus ais.
O frescor orvalhado do amanhecer,
Seus poemas de ternura,
A cálida tarde de primavera
Suavemente oculta minha amargura.
O sol pulsante
Com seu clarão distinto,
faz surgir um horizonte infindo
Onde repousa
O meu amor.
E na noite solitária e fria
faço versos com minha dor..

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

UM DIA

                                                                                                                                  
UM DIA





Certa vez, um mundo de cores conheci e
Nessas cores me perdi...
As margens do rio fiquei a esperar
o amanhecer, mas o tempo parou...


Caminhando para lugar nenhum
Encontrei o que não procurava
Quando não havia mais para onde ir.


Quão grande jubilo senti quando
Ouvi a melodia das palavras ditas no
momento exato...


Lamentável tempo que me separou
Do que me trouxe tanta alegria.

(Gheysa Moura)