terça-feira, 24 de novembro de 2009

DESTINO CRUEL..


                                                                                                                                                                 
Pelas curvas do meu corpo
Desliza rude e farpado chicote.
Rasgando o véu que cobre
minha predestinação.
Sortilégio, imperfeita existencia.
Algoz impiedoso ao açoite cruel.
Fosse um corpo frio de concreto.
Imune a dor e ao pecado.
Mais é de luxúria infernal objeto.
Festim de repulsa e encantamento
Vida, mesmo que ferida é vida
Castigo no que pensas ser eterno
Dor fingida ,essa dor só de imaginar
Que amo, quem não posso amar...

domingo, 15 de novembro de 2009

SOLIDÃO..

                                                                                                                    
Não quero estar onde posso,
Não posso estar onde quero.
Sobrevivo na solidão
Conchas feitas no mar
Provo desta escuridão
Mais como odeio te amar!
Sou agua salgada deste mar
Perdida nessa imensidão.
Nos corais do teu olhar.
Uma errante do verão.
Nos mares do teu coração.
Sofrendo por te amar
Me afogando nesta solidão...




quinta-feira, 12 de novembro de 2009

BREVE


BREVE



Seja breve a eternidade
Que nos separa...
Seja eterno o breve segundo
De nosso beijo a beira do mar
Ao entardecer...
Mas se o dia não nascer
Que seja breve
Esse viver sem você.


(Gheysa Daniele)

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

POESIA DO HORIZONTE

                                                                                
POESIA DO HORIZONTE



Explicar o inexplicável é ilusão
Sou apenas um não
Algo que voa sem direção
Com os pés no chão
Acompanhando o ciclo da evaporação
Conduzida pelo olhar daquela criança
Que todos os dias escuta
A música do alvorecer.
Tal qual a chuva que cai
Sobre a face da terra
Entoando sempre os mesmos tons
As mesmas notas
Mas a música é sempre diferente
Jogo-me em queda livre
No leito dos sonhos
Sinto a leveza do temor
De nosso encontro anunciado pelo tempo
Na pausa infinita de um compasso
Dentro da caixa da sufocante caixa de fosforo
Que sempre me traz a paz
É só abrir os olhos para ver
A poesia do horizonte.

Gheysa Moura

O HORIZONTE DA POESIA..


O horizonte é longínquo demais
Meus passos são lentos.
E meu barco naufragou
Num rio de palavras lamentosas.
E o vento levou meus ais.
O frescor orvalhado do amanhecer,
Seus poemas de ternura,
A cálida tarde de primavera
Suavemente oculta minha amargura.
O sol pulsante
Com seu clarão distinto,
faz surgir um horizonte infindo
Onde repousa
O meu amor.
E na noite solitária e fria
faço versos com minha dor..

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

UM DIA

                                                                                                                                  
UM DIA





Certa vez, um mundo de cores conheci e
Nessas cores me perdi...
As margens do rio fiquei a esperar
o amanhecer, mas o tempo parou...


Caminhando para lugar nenhum
Encontrei o que não procurava
Quando não havia mais para onde ir.


Quão grande jubilo senti quando
Ouvi a melodia das palavras ditas no
momento exato...


Lamentável tempo que me separou
Do que me trouxe tanta alegria.

(Gheysa Moura)