quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

                     

Olhos não deixam de chorar ausências
Nem as lágrimas reatam o tempo                                                                               
Quando o lembrar de um beijo, ocupa o silêncio.                                                                    
E na boca o sabor da longa espera                                                  
E a música encerrada nos ouvidos
Descansa na memória.
Mais basta aguçar os sentidos
Para que minha alma busca a tua
Perdida entre a realidade e quimeras.
Encontro teus olhos
Supero o impossível
Adormeço no arco dos teus braços
Aguardo tua volta em poemas..

E quando não vem a chuva
Que brota dos meus olhos,
Banha a cidade
Quero continuar a escrever
Mas diante de tão imensurável do
Esqueço as palavras e já não posso
Ser poesia.

                                          
Onde estou que não me encontro
Caminhos que já não sinto
Eco de vozes distante
Onde deixei meu olhar??
Entre esperanças antigas..
Onde larguei esse amor
Sonhos perdidos em sombras
Além do céu, e dasondas.
Serei outra amanhã?

Serei hoje ou ontem.
Onde o vento perde-se no tempo
E já não posso sentir dor
Agora sou a onda que morre
Em espuma na praia do alvorecer
Para ser o céu em teu olhar
Onde encontro meus sonhos
Ao anoitecer..

Sofro em meus sentidos fustigados
Adormeço em meus gestos confusos
Livre? Seri ao vento,
O lobo da floresta.
Sou prisioneira de mim mesma
Com essa finita sede  do infinito..

Que consme meus sentidos
Me fazendo livre en teu abraço
E do alto desta montanha
Lanço-me para eternidade
Das rimas e da melodia
Sou o som eo silêncio.
O acalanto que te fez adormecer,
Em meu seio te faço crescer.
Sou o sim e o não.
Que te devora feito dragão..

Venho de longe dos fundos mistérios
Aonde o vento conduz minha história,
De um sono onde meus sonhos são cristais
Pois as vidas que perdi ninguem devolve,
Aguas escuras que cegaram meus sentidos.
Na espera inutil, por alguem
Que jamais virá...
   ( Janildes e Gheysa)

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